As compras de hospitais podem deslanchar neste ano,
segundo consultores que atuam no mercado de fusões e aquisições desse setor.
Há muitas negociações e transações para acontecer,
afirma Edgar da Costa, diretor da consultoria Ptrus, especializada nesse negócio.
"No ano passado foram cerca de R$ 4 bilhões em
transações. Nossa previsão é que em 2018 esse valor triplique."
Uma mudança de regras em 2015 permitiu que
estrangeiros possam exercer controle de hospitais, mas isso não significou a
entrada em peso de grupos de fora -houve operações entre brasileiros e fundos
de private equity.
Não existem muitas redes no Brasil, e, para os
estrangeiros, ter poucas unidades não faz sentido comercial, diz Viktor
Andrade, da EY.
Esses investidores entrarão em um segundo momento,
quando o setor já estiver mais consolidado, afirma.
"Os fundos de private equity querem pagar
pouco. Eles consideram que o mercado não tem capital e por isso oferecem
valores baixos."
Existe um dilema para eles: ou seguem em um impasse
com os vendedores por causa de preços ou perdem o tempo certo para uma oferta
de ações em um momento futuro de economia forte, diz.
As compras na área de saúde, que, além de
hospitais, inclui clínicas e laboratórios, tiveram um salto em 2017, afirma
Luis Motta, da KPMG.
"O mercado de fusões e aquisições tem
tendência de alta, mas esse setor tem sido um ponto fora da curva."
Venda de celulares no Brasil tem alta de 8% em 2017
A venda de celulares no Brasil cresceu 8% em 2017,
na comparação com o ano anterior, segundo a consultoria Gartner. Foram 51,16
milhões de unidades comercializadas.
Além da melhora econômica, houve queda de preços
devido à expansão de companhias mais novas no país, como algumas fabricantes
chinesas, diz Tuong Huy Nguyen, analista da empresa.
"A previsão é que o mercado siga em
recuperação em 2018, mas com uma alta muito pequena ou uma estagnação.
Consumidores não deverão trocar de celular tão rapidamente como em anos
anteriores", afirma.
A Motorola teve uma elevação de 50% nas vendas até
outubro do ano passado e também trabalha com um cenário de estabilidade ou leve
melhora neste ano, diz José Cardoso, diretor-geral para o Brasil.
"Deverá haver, no entanto, um aumento do
tíquete médio. O valor das vendas deverá melhorar por causa de novas funções
implementadas."
A Samsung triplicou a venda em 2017 de alguns de
seus novos modelos, em relação aos antecessores, e prevê um novo crescimento em
2018, afirma Renato Citrini, gerente sênior da companhia
FSP