O
resultado é de uma pesquisa do Instituto Axxus, startup de tecnologia da
Unicamp, que foi feita entre junho e agosto deste ano e publicada agora.
Do total dos 2.500 entrevistados de todas as regiões do país, 76%
reconhecem que não estão administrando bem as finanças pessoais desde que a
pandemia começou. Apenas 8% acreditam que estão fazendo uma boa administração
do dinheiro.
Entre os motivos que levaram a esse desequilíbrio financeiro
durante a pandemia, está o consumo excessivo e fazer mais dívidas, segundo os
entrevistados.
Segundo o estudo, “Comprar demais” significa manter o padrão
adotado antes da pandemia durante a crise sanitária e “fazer mais dívidas” é
fruto da falta de planejamento financeiro durante esse período de crise.
E os efeitos não se limitam às dificuldades financeiras: 71% dos
entrevistados que disseram enfrentar problemas financeiros afirmam que tiveram
insônia, outros 45% relataram somatização (sintomas no corpo causados por
desequilíbrio emocional sem ter uma doença física) e 14% depressão.
Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de
Educadores Financeiros (Abefin), acredita que as pessoas não estão preparadas
para enfrentar crises.
“É gritante o resultado da falta de educação financeira
apresentado pelo estudo.
Muitas pessoas perderam suas rendas e em situações
como essa é preciso estar prevenido com reservas de emergência e estar
preparado para a possibilidade de corte de despesas. Mas, isso não acontece na
maioria dos casos”, avalia.
VALOR ECONÔMICO