Desemprego no Brasil é o dobro da média mundial, em
ranking de mais de 40 países.
Levantamento
da agência Austin Rating aponta que desocupação no país é a quarta maior do
mundo.
O desemprego no Brasil, de 13,2% no trimestre encerrado em
agosto, é mais que o dobro da média internacional, de 6,5%,
segundo ranking feito pela agência de classificação de risco Austin Rating.
Os números comparam países que divulgaram dados de
desemprego de agosto. Pelo ranking, a taxa de desocupação brasileira é a quarta
maior de uma lista de 43 economias mais a média da zona do euro.
No desempenho em agosto, o Brasil só ficou em uma
posição melhor do que a de Costa Rica (15,2%), Espanha (14,6%) e Grécia
(13,8%).
Entre os países analisados, o desemprego mais baixo
foi registrado em Singapura (2,6%), Suíça (2,7%) e República Tcheca (2,8%). Na
média dos países da zona do euro, a desocupação era de 7,5% em agosto.
Os dados de desemprego do Brasil usados no levantamento vêm da
mais recente Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do
IBGE.
Por ela, a taxa de desocupação ficou em 13,2% no trimestre encerrado em
agosto, o que representa 13,7 milhões de trabalhadores.
Parte desse retrato pode ser vista na fila que se formou desde a
madrugada desta segunda-feira (22) na porta da UNG (Universidade Guarulhos), na
Grande São Paulo, no campus Bonsucesso, para uma feira em que eram oferecidos
mil empregos, entre vagas fixas, temporárias e de estágio, sobretudo nas áreas
industrial, comercial e de serviços.
Projeções recentes
apontam que, no ritmo atual, o país só voltaria à taxa de desemprego de antes
da pandemia em 2023 e poderia levar até dez anos para voltar a
um nível considerado de pleno emprego.
FOLHA DE SÃO PAULO