Desconhecimento de gerentes de banco limita
aceitação do Pix, dizem executivos.
Adesão
de empresas ao novo sistema de pagamentos instantâneos ainda é baixa.
A falta de conhecimento entre os gerentes dos
bancos ainda é um desafio na adaptação dos sistemas de empresas de médio porte
para aceitação do Pix, sistema de pagamentos instantâneos do BC
(Banco Central), avalia o diretor executivo para varejo e distribuição da
Totvs, Elói Prado de Assis.
“Temos recebido uma demanda pesada de todos os
cantos. Mas ainda tem muita gente que está tendo fricção no momento de ligar
para o banco e pedir a chave do API do Pix, porque o gerente muitas vezes não
sabe muito bem o que é ou como conseguir”, afirmou o executivo em evento
promovido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) na última semana.
API é a sigla, em inglês, para Interface de Programação de Aplicativos e
se refere a um conjunto de protocolos que permite a conexão entre sistemas,
para que estes consumam ou troquem informações de maneira padronizada.
A tendência, segundo os executivos, é de que os sistemas das
empresas estejam implementados de maneira mais disseminada ainda no primeiro
semestre de 2021.
Por enquanto, o novo sistema de pagamentos
instantâneos do Banco Central só está disponível para transferência entre
pessoas e empresas, pagamentos de compras e das GRUs (guias de recolhimento da União.
A agenda do BC inclui a implementação do
pagamento de contas de água, luz e telefone, a possibilidade de saques no
varejo e outras funcionalidades, como o Pix Cobrança (que atuaria como um
boleto, por exemplo), o Pix garantido (que funciona como o parcelado sem
juros), o recolhimento do FGTS por parte das empresas, os pagamentos offline e
por aproximação, o Pix cross border (comércio transfronteiriço) e o Pix como
débito direto.
FOLHA DE SÃO PAULO