Pesquisa da USP analisa impacto da inatividade física em mulheres
durante a pandemia.
Os resultados mais
preocupantes se referem aos exames clínicos: aumento médio de 39,8% na taxa de
insulina e de 8% nos níveis de colesterol no sangue
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) feito com mulheres
de 50 a 70 anos que pararam atividades externas diárias por conta da pandemia
mostra uma piora no estado geral de saúde do grupo.
Os pesquisadores acompanharam 34 mulheres cujo ritmo de
atividade física já era considerado baixo antes do isolamento.
Os resultados mais preocupantes são o aumento médio de 39,8% na
taxa de insulina e o de 8% nos níveis de colesterol no sangue.
Esses índices
podem levar ao aparecimento de diabetes e elevar riscos de problemas
cardiovasculares
A Escola de Educação
Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP) avaliou na pesquisa os impactos da inatividade física no envelhecimento da população não
infectada pelo vírus.
Os resultados foram publicados na revista
científica "Experimental
Gerontology".
Ao todo, os pesquisadores acompanharam 34 mulheres cujo ritmo de atividade física já era considerado
baixo e com a pandemia se agravou.
As primeiras amostras foram
colhidas em fevereiro de 2020, antes do começo da pandemia de Covid-19. Depois
foi feito um novo levantamento em junho.
Embora os testes feitos após o
período de confinamento não tenham mostrado alterações significativas no peso,
IMC, percentual de gordura corporal e circunferência abdominal, houve piora no
quadro geral de saúde das participantes.
Os resultados mais preocupantes se
referem aos exames clínicos: aumento médio de 39,8% na taxa de insulina
e de 8% nos níveis de colesterol no sangue.
A longo prazo, o aumento nos níveis
de insulina pode levar ao aparecimento de diabetes, enquanto as alterações nas taxas de triglicérides podem levar ao aumento de riscos
cardiovasculares.
Os exames também revelaram
aumento de 9,7% de hemoglobina glicada, 1,3% de glicemia (valor considerado não
significativo) e queda de 10% na porcentagem de plaquetas no sangue.
G1