MERCADO DE TRABALHO


Mercado de trabalho tem queda generalizada e recordes negativos.

Doze milhões de brasileiros deixaram a população ocupada em um ano.

Os dados do emprego no Brasil do trimestre encerrado em agosto mostraram cenário preocupante, com recordes negativos em praticamente todos os indicadores do IBGE, tanto na comparação com maio - o pior momento da pandemia no país - quanto em relação ao mesmo período do ano passado.

população desocupada atingiu a taxa recorde de 14,4%, totalizando 13,8 milhões de pessoas sem trabalho - uma alta de 8,5% frente a maio e 9,8% quanto a agosto de 2019. 

Mas, ao mesmo tempo, a população ocupada também caiu de forma expressiva.

Desde maio, são 4,3 milhões de pessoas a menos sem trabalho, que provavelmente, avalia o IBGE, perderam seus postos, uma queda de 5%. 

Já na comparação anual, são 12 milhões de brasileiros que deixaram a população ocupada, alta de 12,8%.

O volume de trabalhadores domésticos atingiu o menor número da série histórica, com 4,6 milhões de pessoas, retração de 9,4% (473 mil pessoas) no trimestre e 27,5% (1,7 milhão de pessoas) no ano.

Ao mesmo tempo, cresceram outros indicadores que mostram um retrato de restrição no mercado de trabalho.

A população subutilizada aumentou 20% em um ano, o que equivalem a 5,6 milhões de brasileiros a mais trabalhando menos horas do que gostariam. 

No total, hoje, 33,3 milhões estão nessa situação. Desde maio, o aumento foi de 3 milhões.

Os desalentados, ou seja, que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não vão encontrar uma vaga, alcançaram 5,9 milhões. 

São 440 mil a mais desde maio e 1,1 milhão desde agosto do ano passado.

Tanto os subutilizados quanto os desalentados são recordes na série histórica.

A população fora da força de trabalho - que não estava trabalhando nem procurava por trabalho - foi recorde, com alta de 5,6% (4,2 milhões de pessoas) em relação ao trimestre anterior e 21,9% (14,2 milhões) comparado ao mesmo período do ano passado.



FOLHA DE SÃO PAULO
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