Em meio às tensões políticas, indicadores
econômicos ajudam no bom-humor dos investidores, como no caso dos dados do Caged, com criação
recorde e surpreendente de 401.639 empregos com carteira assinada.
Ontem pela manhã, foi a vez do IBGE informar a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), cuja taxa de
desocupação ficou praticamente estável, em 14,2% no trimestre móvel de novembro
de 2020 a janeiro de 2021, ante os 14,3% de agosto a outubro de 2020. No ano,
entretanto, houve alta de 3,0 pontos percentuais.
Assim, apesar do sentimento de instabilidade provocado pela reforma
promovida por Jair Bolsonaro no alto escalão do
governo e nas Forças Armadas,
o mercado reagiu bem às mudanças. A bolsa fechou a terça-feira no
positivo, com alta de 1,24%.
A leitura do mercado é que a nova composição deve ajudar na aprovação das
reformas e privatizações no Congresso, já que foi aberto mais espaço ao
Centrão.
Paralelamente, seguem no Congresso as discussões quanto à correção do Orçamento de 2021,
que subestimou despesas obrigatórias para acomodar emendas parlamentares.
O
ministro Paulo Guedes é um dos que pede a correção do projeto já aprovado pela
casa, que chamou de “inexequível”.
O Índice de Confiança Empresarial da FGV, que
consolida os resultados de Indústria, Serviços, Comércio e Construção, recuou
5,6 pontos em março, para 85,5 pontos. É o menor nível desde julho de
2020.
O que mais é notícia:
- A
pesquisa ADP, considerada uma prévia do payroll que sai na
sexta-feira (2), deve dar mais munição para as projeções de retomada forte
do emprego. A expectativa é de criação de 550 mil postos de trabalho em
março, ante 117 mil de fevereiro.
- O
PIB do Reino Unido no quarto trimestre de 2020 foi de 1,3% na base mensal.
Na base anual, o recuo do PIB foi de 7,3%. Apesar do tombo, a leitura é
melhor do que a projeção de queda de 7,8%.
EQI INVESTIMENTOS