Editorial chama a
atenção para o fato de que depois de alimentar expectativas de que poderia
conseguir a aprovação de uma reforma da Previdência ambiciosa em prazo
curto, o governo Jair Bolsonaro (PSL) começa a encarar a perspectiva de uma
tramitação difícil para a proposta —de resto, ainda desconhecida. Nos últimos
dias, erros do Executivo elevaram as incertezas. Declarações desencontradas e o
vazamento de uma minuta de projeto confusa, logo descartada, sugerem que não há
clareza sobre a versão a ser apresentada.
Em paralelo, o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, esvaziou as pretensões
quanto a uma votação rápida do texto ao afirmar que não aceitará atropelos
regimentais.
Os líderes do PCdoB,
Orlando Silva (SP), e do PDT, André Figueiredo (CE), afirmaram nesta
quarta-feira que há consenso na Câmara contra eventual apensamento da nova
reforma da Previdência à PEC já enviada à Casa pelo ex-presidente Michel Temer.
FOLHA DE SÃO PAULO