As iniciativas de impacto ambiental e social dos grandes bancos
privados ganharam um destaque inédito nesta temporada de balanços, num sinal
evidente de como esse tema passou a ser uma preocupação na comunicação com o
mercado.
Santander, Bradesco e Itaú Unibanco reservaram parte de suas
apresentações a investidores para prestar contas sobre suas medidas na área.
Sustentabilidade
não é palavra nova no vocabulário de empresas de todos os setores, e em muitas
ocasiões é mais retórica do que prática.
Porém, há mudanças importantes
acontecendo, e o comportamento dos bancos reflete isso.
A sigla ESG, que se
refere a padrões ambientais, sociais e de governança, vem sendo adotada por um
número crescente de investidores como critério de alocação de recursos.
Basta lembrar
da carta divulgada no início do ano por Larry Fink, presidente da BlackRock,
que tem quase US$ 7 trilhões em ativos.
“Estamos à beira de uma mudança
estrutural nas finanças”, escreveu ele ao anunciar que a maior gestora de
recursos do mundo vai adotá-la como uma régua em seus produtos de
investimentos.
Ao
dar a notícia o jornal fornece muitos números, mas como o nosso intuito aqui é
unicamente fornecer um resumo indicativo de uma tendência, vamos apenas
dizer que em teleconferências com analistas ontem, o presidente do Itaú
Unibanco, Candido Bracher, discorreu sobre oito compromissos adotados pelo
banco.
O
Bradesco também destacou o assunto em suas apresentações ao mercado.
O banco se
comprometeu a abastecer, com energia renovável, a totalidade de suas operações
até o fim deste ano, além de neutralizar 100% das emissões de carbono.
No
Santander, não foi diferente. Na véspera da divulgação do balanço, os
jornalistas foram avisados de que não receberiam a apresentação dos resultados
em versão impressa, como era praxe.
A medida, explicou o presidente do banco,
Sergio Rial, era uma das ações adotadas para eliminar o uso de papel na
instituição. Na mesma ocasião, o executivo citou outras iniciativas.
VALOR ECONÔMICO