Os técnicos do Ministério da Fazenda e
os economistas do mercado financeiro têm contas diferentes sobre o impacto das
mudanças feitas na proposta de reforma da Previdência. Mas o que preocupa os
especialistas não são as pequenas variações contábeis, mas o cenário quando se
leva em consideração outra proposta da atual gestão, que já está em vigor: o
teto do gastos, que limita as despesas do orçamento de um ano com base na
inflação do ano anterior.
Pelas
projeções do mercado, do jeito que a reforma ficou, em cinco anos o teto
"estoura" o que vai exige novas medidas para cortar os gastos,
elevar as receitas ou que se faça, em poucos anos, mais uma rodada de reformas
na Previdência. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já anunciou que as
alterações feitas pelo relator da reforma da Previdência vão representar um
perda entre 20% e 30% em relação a estimativa inicial de economia.
DCI