SELIC


Selic deve entrar em 2025 acima de 11% e ficar lá por bom tempo, dizem economistas

Analistas dizem que questão fiscal ainda é principal preocupação, e governo precisa dar mais ênfase a cortes de gastos

novo ciclo de alta de juros iniciado nesta quarta-feira (18) deve jogar a Selic para acima de 11% em 2025 e deixar a taxa básica de juros nesse patamar por alguns meses, segundo economistas consultados pela Folha.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou os juros em 0,25 ponto percentual, de 10,5% para 10,75% ao ano, na primeira alta feita durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A decisão veio em linha com o esperado por agentes de mercado e trouxe mensagem aberta do Banco Central com relação a ações futuras. O comunicado foi encarado como duro por analistas.

"O Banco Central deixou claro que a magnitude total do ciclo de alta vai depender da evolução de indicadores e expectativas", diz Silvio Campos, economista-sênior da consultoria Tendências. "Vai precisar de mais Selic para fazer a inflação chegar à meta de 3%", diz o economista.

A Tendências projeta que a Selic chegue a 11,75% no fim desse ano e a 12% até janeiro do ano que vem, voltando a 10,5% ao final de 2025.

Mais cedo nesta quarta, o Fed, banco central dos EUA, cortou as taxas de juros nos Estados Unidos em 0,50 ponto percentual, para a faixa entre 4,75% e 5,0%. A primeira redução nas taxas desde 2020 iniciou o que se espera ser um ciclo de alívio constante da política monetária.



FOLHA DE SÃO PAULO
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