Taxa de participação no mercado de trabalho segue
abaixo do pré-pandemia.
Indicador alcançou
62,7% no trimestre até agosto, conforme IBGE.
Mesmo com a reabertura de atividades econômicas, a taxa de
participação no mercado de trabalho segue abaixo do
patamar pré-pandemia no Brasil, apontam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No trimestre até
agosto de 2019, antes da crise sanitária, o indicador estava em 63,7%, segundo
a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua).
A partir da adoção de medidas restritivas para
frear o coronavírus, a taxa chegou a cair para 57% em igual período de 2020.
Com o avanço da
vacinação, o indicador deu sinais de crescimento ao longo de 2021 e 2022,
alcançando 62,7% no trimestre até agosto deste ano.
Ou seja, apesar da alta nos
últimos meses, ainda está 1 ponto percentual abaixo do nível pré-pandemia.
A taxa de
participação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais que estão inseridas
na força de trabalho como ocupadas (com algum tipo de trabalho) ou desempregadas (à procura de vagas).
Dependendo do contexto econômico, pode funcionar como uma espécie de termômetro
de atividade –ou atratividade– do mercado.
A pandemia,
lembram, causou destruição de empregos.
Em um cenário de
restrições sanitárias, trabalhadores deixaram de procurar novas vagas. Uma parte
desse grupo pode não ter retornado ainda para o mercado por motivos diversos.
No trimestre até
agosto, havia 64,6 milhões de pessoas fora da força de trabalho no país.
A
população fora da força envolve quem estava sem emprego e não buscava outras
oportunidades –a procura é necessária para que uma pessoa seja considerada
desempregada nas estatísticas oficiais.
O número de 64,6
milhões ficou 5,8% acima do registrado em igual trimestre de 2019 (61,1
milhões).
FOLHA DE SÃO PAULO