MERCADO SEGURADOR


Tokio Marine busca soluções para que o seguro garantia de obras volte a crescer

A dedicação da seguradora visa ser referência em seguro garantia de contratos em três anos, chegando a 2027 com R$ 600 milhões em prêmios de seguros

O seguro garantia de obras, que já foi há anos o grande alavancador do mercado de seguros no segmento de linhas financeiras, parece estar ganhando novamente sua força latente diante de tantos investimentos em obras de infraestrutura previstas no Brasil. 

Este produto perdeu força em 2014, quando as investigações da Lava Jato paralisaram os investimentos públicos em infraestrutura. 

A mudança não vem da lei de licitações, que determina que a partir de janeiro de 2024 toda licitação pública apresente um seguro garantia para obras, com clausula de retomada para contratos acima de R$ 200 milhões. 

Vem da mudança de mentalidade dos órgãos públicos, das seguradoras e das construtoras, afirmaram Felipe Smith, diretor de produtos pessoa jurídica da Tokio Marine

Maria Stella Lopes Okajima, assessora executiva do gabinete do secretário de Estados do Mato Grosso, Venilton Tadini, presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e Debora Schalch, advogada especialista em seguros e resseguros.

Eles participaram tanto da coletiva de imprensa como dos debates do evento Expertise, da Tokio Marine, que teve como tema o seguro garantia, com 250 convidados entre os quais cientes, corretores, representantes do governo, parceiros de negócios, assessorias e imprensa. 

Segundo Maria Stella, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, que assumiu em 2019, pediu para as equipes viabilizarem o seguro garantia nos contratos públicos. “Trabalhamos muito e estamos otimistas com o resultado. 

Acredito que ajudamos a construir uma nova história para o seguro garantia, um instrumento importante para garantir obras acabadas. Pior do que a perda econômica com esqueletos espalhados pelo país, é o impacto social. 

Ninguém quer ver uma ponte que não conecta pontos nem um hospital ou escola que poderiam estar servindo a sociedade sem uso por estarem em ruínas”, citou. 

A ideia do poder publico é não ter obras inacabadas e da seguradora não deixar o sinistro acontecer. 

Para isso, é preciso ter condições de gerenciar o dia a dia da construção. Para a advogada que já atuou em centenas de litígios de seguro garantia, a Lei das Licitações veio para acabar com as 14 mil obras paradas no PAC em 2019.

 Hoje são 8 mil paradas, segundo diagnóstico do Tribunal de Contas da União. Motivo técnico, problemas orçamentários, corrupção e fraude são os principais motivos apontados pelo documento do TCU, explicou Debora Schalch. 

“A lei tenta corrigir os erros do passado. Temos de enfrentar este problema. A nova lei tem objetivo de dar mais integridade e transparência, com gestão e controle internos, são palavras chaves”. 

 



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