Imóveis
usados, e não os novos, lideram recuperação do mercado.
Em 2019, o financiamento de usados cresceu 77%,
enquanto o de novos caiu 7%.
A recuperação do mercado imobiliário está sendo
puxada pelos imóveis usados.
Em 2019, o financiamento desse tipo de unidade
cresceu 77%, enquanto o de novos caiu 7%, segundo dados da Abecip (associação
de entidades de crédito imobiliário e poupança).
O
descompasso levou a uma inversão da tendência observada nos anos de crise,
quando os novos superaram os usados em todos os anos, chegando a uma diferença
de quase R$ 9 bilhões em 2016.
Historicamente,
o financiamento de usados supera o de novos
porque a oferta naquele é cerca de três vezes maior, afirma Claudio Hermolin,
vice-presidente de intermediação imobiliária do Secovi-SP (sindicato do setor
de habitação).
Isso
só mudou durante a crise porque havia uma superoferta de novas unidades —fruto
dos projetos iniciados quando o mercado estava aquecido, até 2014— em um
momento econômico ruim.
Nesse
cenário, as incorporadoras adotaram uma estratégia agressiva de vendas e descontos para conseguir escoar seus estoques,
o que tornou os lançamentos mais atrativos para o consumidor em comparação com
os usados.
VALOR ECONÔMICO