GRUPO PETRÓPOLIS


O Grupo Petrópolis, das cervejas Itaipava, Petra e Cacildis, entrou em recuperação judicial (RJ) com dívidas de cerca de R$ 4,2 bilhões —R$ 2 bilhões com credores financeiros e R$ 2,2 bilhões com grandes fornecedores.

  • No pedido feito na segunda (27), a Petrópolis pediu a concessão de tutela cautelar para suspender o pagamento de R$ 105 milhões de uma parcela de juros que vencia naquele dia.
  • A tutela também impediu a retenção de valores que a companhia tinha nos bancos.

O que motivou a RJ: a Petrópolis atribuiu o pedido à sua crise de liquidez gerada por uma drástica queda de receita que começou há 18 meses.

  • A situação foi agravada pela elevação dos custos das matérias-primas e pelo alto patamar dos juros no país, que acabaram corroendo seu caixa.

Em números: de 31,2 milhões de hectolitros (1 hectolitro equivale a 100 litros) vendidos em 2020, a companhia fechou 2022 com 24,1 milhões de hectolitros comercializados, e 2021, com 26,4 milhões.

  • Já a alta da Selic tem um impacto de cerca de R$ 395 milhões ao ano no fluxo de caixa do grupo. Até março, a necessidade de capital de giro está R$ 360 milhões superior ao que foi projetado.

A empresa: comprada em 1998 por Walter Faria, o Grupo Petrópolis foi agregando marcas e unidades industriais ao seu portfólio.

  • Hoje, produz as cervejas Petra, Cabaré , Black Princess, Crystal, Lokal, Weltenburger, Brassaria Ampolis (com os rótulos Cacildis, Biritis, Ditriguis e Forevis), além de energéticos, vodkas e refrigerantes.


FOLHA DE SÃO PAULO
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