Cidade do interior de SP se mobiliza, e Justiça suspende licenciamento
de maior termelétrica do Brasil.
Moradores e associações questionam projeto em
Caçapava por riscos de poluição e elevado uso de água.
O projeto da maior usina termelétrica do Brasil, em
Caçapava (SP), se tornou alvo de protestos de moradores, políticos e
organizações ambientais da região do Vale do Paraíba, que temem pelos
impactos na qualidade do ar e no abastecimento de água da região.
Nesta quinta-feira (31), a Justiça Federal de São
Paulo suspendeu o processo de licenciamento da usina, atendendo pedido do Ministério Público Federal.
A audiência
pública para avaliar o projeto estava prevista para esta quinta (1º) e foi
alvo, no fim de semana, de protestos dos moradores.
"Sabemos que as pessoas estão preocupadas com
a possibilidade de ser instalada uma termelétrica aqui em Caçapava.
Eu
também!", escreveu a prefeita Pétala Lacerda (Republicanos) na sexta (26),
anunciando que irá a Brasília em fevereiro tentar barrar o projeto.
Com potência de 1.743,8 MW (megawatts) e movida a
gás natural, a Usina Termelétrica São Paulo foi anunciada em 2022 pela empresa
Natural Energia, sob o argumento de que o Brasil precisa de fontes de energia
firme para complementar sua matriz renovável.
É o maior projeto do tipo em licenciamento ou
construção no Brasil —o segundo maior está localizado no Porto do Açu, no
litoral norte do Rio, com 1.672 MW de potência.
Tem previsão de início de
operações em 2028, mas ainda depende de leilões do governo para compra de
energia.
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