Juros de 1,97% no crédito consignado e nova taxa
passa a valer.
Novas taxas foram
definidas na terça-feira (28), após impasse entre aposentados, bancos e governo.
O INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social) e o Ministério da Previdência publicaram no Diário
Oficial da União desta quinta-feira (30) resolução fixando as novas taxas do
juros do crédito consignado do INSS.
O empréstimo consignado terá juro limitado
a 1,97% e o cartão de crédito e o de benefícios, em 2,89%.
A resolução é
assinada pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, que também preside o CNPS
(Conselho Nacional de Previdência Social).
Com a publicação,
as novas taxas possam a valer a e já podem ser aplicadas pelos bancos.
A
definição coloca fim a um impasse que começou após 13 de março, quando o
conselho aprovou proposta do Ministério da Previdência e reduziu a taxa de 2,14% para 1,7%, no empréstimo pessoal.
No cartão de crédito, a queda foi de 3,06% para 2,62%.
O crédito
consignado é um empréstimo com desconto direto na folha de pagamento. Os juros
são controlados pelo CNPS. A taxa definida no conselho é o máximo que pode ser
cobrado.
No consignado do
INSS, o segurado pode comprometer até 45% do benefício com o crédito
consignado.
Desse total, 35% são para o empréstimo pessoal, 5% para o cartão de
crédito e 5% para o cartão de benefício, criado no ano passado.
Caixa, Santander,
Bradesco e Banco do Brasil informaram, logo depois da reunião do CNPS,
que retomariam a modalidade imediatamente ou
assim que a nova norma sair no Diário Oficial. O Itaú e o C6 disseram ainda
estar avaliando a retomada da oferta.
SIMULAÇÕES
Cálculos feitos
pela Anefac (Associação Nacional de Executivos), a pedido da Folha mostram
que se um aposentado que recebe um salário mínimo do INSS (hoje, R$ 1.302)
pegar R$ 1.000 emprestados em consignado por 1,97% ao mês, por exemplo, vai
pagar 84 parcelas de R$ 24,45.
Pela taxa anterior, de 1,70%, cada prestação
neste exemplo seria de R$ 22,45.
FOLHA DE SÃO PAULO