Trabalhadores dormem na fila em busca de vaga no
Mutirão do Emprego.
Feirão voltou a ser
presencial após a pandemia e recebeu menos participantes; desalento e falta de
dinheiro para a passagem explicam.
Conhecido por suas longas filas, o feirão de vagas recebeu,
neste primeiro dia, menos participantes do que em edições anteriores.
Mesmo
assim, até as 9h, 1.200 senhas já haviam sido distribuídas. Em ocasiões
anteriores, esse número chegou a 3.000.
O balanço final, no entanto, aponta um
total de 3.600 senhas distribuídas nesta segunda.
Ao todo, estão sendo oferecidas mais de 11 mil vagas em diversos
setores.
Há oportunidades para operador de caixa, motorista, ajudante de
cozinha, faxineiro, auxiliar de logística e analista de recursos humanos, entre
outros, mas a maioria é na área de telemarketing.
Os salários são a partir de
R$ 1.500. Nesta terça (17), mais 1.200 trabalhadores serão atendidos e, na
quarta (18), outros 1.200.
Dados da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios)
Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
mostram que o país tinha, no primeiro trimestre deste ano, 4,6 milhões
desalentados.
O desalento corresponde a situação de pessoa que estão
disponíveis para trabalhar, mas deixam de procurar emprego porque não conseguem
trabalho, não têm experiência, são muito jovens ou idosas ou não encontram
nenhuma vaga em sua localidade.
FEIRÃO OFERECE CURSOS DE QUALIFICAÇÃO
Com o desemprego
ainda alto —a taxa do primeiro trimestre deste ano está em 11,1%—
o mutirão conta também com a oferta de cursos de qualificação.
Ao todo, há
1.200 vagas para cursos, segundo Marina Bragante, secretária executiva da
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico de São Paulo.
FOLHA DE SÃO PAULO