Inadimplência volta a subir no início do ano e deve
se agravar no 2º trimestre.
Atrasos também vêm
sendo observados em operações de fusão de dívidas, tipo de concessão que
disparou 72,7% no ano.
A inadimplência voltou a subir em janeiro e
fevereiro e, segundo economistas, a tendência é que continue em alta nos
próximos meses devido ao agravamento da crise sanitária e ao encolhimento
do auxílio emergencial.
De acordo com dados
do Banco Central, atrasos acima de 90 dias em empréstimos alcançaram 2,3% em
fevereiro, crescimento de 0,14 ponto em relação a dezembro, último mês de
pagamento da primeira rodada do auxílio emergencial.
No fim do ano, o indicador estava em 2,12%, menor valor da história.
Também houve
crescimento de 0,23 ponto percentual em atrasos de 15 a 90 dias, que foram a
3,08% em fevereiro. É o maior percentual desde maio do ano passado.
Em estimativa feita em outubro, o BC esperava que a inadimplência atingisse 4% já no
primeiro trimestre de 2021. O valor fica próximo ao pico de 4,04%, observado em
maio de 2017.
Na época em que foi feita a projeção, a análise
era de que, com o fim do auxílio e o retorno das parcelas prorrogadas de
empréstimos, além da desaceleração no mercado de trabalho, os consumidores
poderiam ter dificuldades para honrar seus
compromissos.
FOLHA DE SÃO PAULO