O Mercado Livre
anunciou nesta quinta-feira (18) a criação de sua criptomoeda, a MercadoCoin.
Ela
será a base de um programa de fidelidade da maior empresa de ecommerce da
América Latina.
Como vai funcionar: os clientes ganharão "MercadoCoins"
como cashback ao comprarem produtos na
plataforma.
Esses ativos poderão ser usados para pagamento de novas compras ou
negociados na carteira digital Mercado Pago, com a opção de transferir o valor
em reais.
Nada muda para os vendedores, que continuarão recebendo em reais.
A moeda tem um valor inicial equivalente a US$ 0,10,
informou a companhia.
Como não tem lastro, ou seja, não tem seu valor atrelado
a outro ativo, ela irá variar de acordo com a oferta e demanda do mercado.
A MercadoCoin usa
um padrão (ERC-20) e o blockchain da ethereum.
Ela já está disponível para 500
mil usuários no Brasil e deve chegar aos 80 milhões de clientes no país até o
fim do mês. A custódia ficará a cargo da fintech Ripio.
Mercado cripto: esse é mais um passo da companhia argentina no
universo das moedas digitais, após ter liberado aos clientes a negociação de
bitcoin, ethereum e USDP (moeda lastreada ao dólar) no Mercado Pago.
Mesmo com a queda das cotações desses ativos em 2022, grandes instituições
financeiras nacionais também disponibilizaram nas últimas semanas aos clientes
plataformas de negociações de criptos, caso das rivais XP e BTG Pactual e da fintech Nubank.
O bancão Itaú ainda não tem planos para isso, mas lançou em julho
uma unidade própria de criptoativos, que tem como
objetivo tokenizar títulos de renda fixa e ações
negociadas no mercado.
FOLHA DE SÃO PAULO