Após semana de pânico, investidor deve manter
calma e seguir seu perfil.
A última semana foi uma prova de fogo para o
investidor iniciante.
As negociações na B3 foram suspensas quatro vezes depois
de quedas de mais de 10% no Ibovespa. Na quinta-feira, duas paradas aconteceram
no mesmo dia, algo que não era visto desde a crise de 2008.
As comparações com
a crise do subprime, porém, não param por aí.
O Ibovespa caiu 39,3% desde 23 de janeiro -
quando a Bolsa estava em 119,5 mil pontos - até quinta-feira, quando bateu em
72,5 mil pontos.
O tombo significa queda média diária de 1,16%.
Em 2008, entre
o pico da Bolsa e o patamar mais baixo atingido, foi registrado queda de 50%,
mas como a descida ocorreu de forma mais lenta, a média diária de quedas foi de
0,36%.
Os cálculos são do economista do BTG Pactual Digital Álvaro Frassom.
"Foi uma queda mais intensa. A gente
entende que a pessoa física está machucada por esse solavanco.
Mesmo quem é de
mercado está assustado", diz Frassom. Ele explica que em momentos como
esse sangue frio e foco no longo prazo são essenciais.
"O momento é de
irracionalidade.
O investidor deve procurar estudar para não agir no automático
e cometer o erro de comprar na alta e vender na baixa", diz.
Em meio a
quedas bruscas e pânico, o conselho é esperar e manter as posições.
Além disso, os analistas indicam observar o
perfil de cada investidor (conservador, moderado ou arrojado).
O analista da
Easynvest José Falcão CastroCastro explica que, respeitando a tolerância ao
risco, é possível aproveitar o preço baixo das ações para ganhar no longo
prazo.
Se o cliente é moderado e tem tolerância a uma certa porcentagem de seu
patrimônio em ações, por exemplo, ele não deve excedê-lo só porque os papéis
estão "baratos".
O ESTADO DE SÃO PAULO