Reforço com vacina atualizada contra Covid reduz
pela metade risco de internação.
Novos imunizantes
ajudam a barrar novas variantes do coronavírus, responsáveis pelo aumento de
casos.
As vacinas de reforço atualizadas fortaleceram
as defesas de americanos contra a Covid grave, reduzindo o risco de
hospitalização em 50%, na comparação com grupos inoculados com as originais.
O
Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) divulgou os dados em dois
estudos publicados na última sexta-feira (16).
A pesquisa
representa a primeira análise do CDC sobre o desempenho das vacinas de reforço
reformuladas, adaptadas especialmente para proteger contra variantes
recentes da ômicron, na prevenção das consequências graves da
infecção pelo vírus, como internações hospitalares.
As autoridades de
saúde dos EUA estão incentivando os americanos a receberem as vacinas de reforço atualizadas,
na esperança de injetar ânimo em uma campanha de vacinação que vem perdendo
força.
Mas menos de um quinto dos adultos e apenas um terço das pessoas de 65
anos ou mais já receberam o reforço atualizado.
Novas variantes do vírus, mais capazes de
driblar o sistema imunológico, vêm ganhando terreno, e nas últimas semanas os
casos de Covid e hospitalizações subiram.
Em média 375 americanos vêm morrendo
de Covid por dia, um aumento de 50% nas duas últimas semanas. Pessoas mais
velhas são especialmente afetadas.
O vírus intensifica
as dificuldade do sistema de saúde, já pressionado pelo ressurgimento da gripe
e do vírus sincicial respiratório (VSR), após
dois anos de recuo dessas infecções.
Um segundo estudo analisou os
benefícios dos reforços atualizados para americanos idosos em 22 hospitais,
entre o início de setembro e o final de novembro.
Nesse público com
65 anos ou mais, as vacinas atualizadas reduziram o risco de
hospitalização por Covid em 84% na comparação com pessoas não vacinadas e em
73% em relação a pessoas que receberam pelo menos duas doses das vacinas
originais.
Cientistas do CDC
disseram que as estimativas mais altas de eficácia da vacina em pessoas mais
velhas podem refletir uma variedade de diferenças nos grupos específicos de
pacientes sendo estudados.
FOLHA DE SÃO PAULO