Presidenciável –
Henrique Meirelles - havia feito a proposta quando ainda era ministro da
Fazenda.
Mesmo tendo sido um dos primeiros a lançar a ideia de aprovar a reforma
da Previdência neste ano, após as eleições, o presidenciável Henrique Meirelles
diz que isso não é mais possível.
A proposta, feita quando ainda era ministro da Fazenda, dependeria, é
claro, de quem se eleger em outubro, se estaria disposto a aproveitar o projeto
no Congresso e enfrentar o problema da Previdência, mas há outro obstáculo.
Pela legislação, a intervenção federal em curso no Rio de Janeiro
inviabiliza a reforma a partir de novembro.
“Depende de quem ganhará o pleito no Rio e se ele estará disposto a suspender
a intervenção no estado”, afirma o ex-ministro da Fazenda.
Quando existe intervenção em um estado, não se pode alterar a
Constituição.
A proposta de emenda constitucional para mudar a Previdência, que foi
aprovada em comissões, tem de passar duas vezes na Câmara e no Senado para
entrar em vigor.
O ministro Eduardo Guardia (Fazenda) e o secretário do Tesouro, Mansueto
Almeida, se reuniram com assessores de candidatos para apresentar dados e
mostrar as principais decisões a serem tomadas pelo novo governo.
Para eles, sem
reforma o ajuste fiscal não será possível, empurrará o país para um alto risco,
e seria um ganho para qualquer eleito começar a governar com a reforma
aprovada.
FOLHA DE SÃO PAULO