Passagens aéreas sobem o dobro da inflação no
Brasil.
Principal
custo de companhias aéreas no país, querosene tem pressionado preço das
passagens.
Enquanto a alta de preços generalizada afeta a todos no Brasil,
o preço da passagem aérea tem visto uma subida muito mais ampla, que afeta a
recuperação do setor e inibe pessoas de viajarem.
A alta dos combustíveis de aviação acontece de
maneira global, chegando a 11,6% em média, segundo dados da IATA. Isto tem impacto
direto no preço das passagens aéreas.
Na América Latina e Caribe a alta do querosene de
aviação, utilizado por jatos e turboélices, foi de 14,6% da primeira semana de
abril para maio.
Nos EUA e Canadá esta alta chegou em 9,6% no
mesmo período.
Por ser o principal componente do custo da empresas
aéreas no país, o combustível tem pressionado para cima o preço das passagens.
Nos EUA, a alta atingiu 18,6% de março para abril, enquanto a inflação ficou em torno de 8%, segundo dados
do Departamento do Trabalho.
A situação é similar no Brasil, com aumento de
praticamente o dobro da inflação oficial.
Segundo dados do IBGE,
a alta nas passagens aéreas é de 9,48%, enquanto o IPCA, principal índice de
inflação, acumula alta em 2022 de 4,29%.
As altas devem continuar nos próximos meses, com a
proximidade das férias escolares em ambos os países (e, portanto, aumento na
demanda por voos) e por ainda não haver uma clara resolução a curto prazo
da Guerra da Ucrânia.
FOLHA DE SÃO PAULO