BOLSA


Bolsa sobe 0,17% com balanços corporativos no radar

A Bolsa de Valores brasileira encerrou a sessão desta segunda-feira (9) com alta de 0,17%, aos 123.019 pontos, tendo o BTG Pactual entre os principais suportes antes de balanço, enquanto Petrobras e Vale pesaram, na esteira do declínio dos preços do petróleo e do minério de ferro.

Para o analista da Clear Corretora Rafael Ribeiro, o desempenho também foi favorecido pela fala do ministro da Cidadania, João Roma, descartando possibilidade de o reajuste do benefício do novo Bolsa Família superar o teto de gastos.

"Queremos avançar na eficácia e valor médio do programa, mas temos que agir de acordo com a responsabilidade fiscal para que não haja desequilíbrio nas finanças", disse Roma em entrevista com jornalistas, após o governo entregar ao Congresso medida provisória com as propostas de mudanças no programa.

De acordo com Ribeiro, a fala trouxe certo alívio para a curva de juros —o que tende a reverberar positivamente na bolsa paulista. "Mas os investidores seguem de olho em como será resolvido esse impasse, afinal de contas o valor do novo benefício será definido somente no final do ano pelo governo."

Agentes também seguiram atentos à temporada de balanços corporativos, com a agenda desta segunda-feira incluindo os números de Minerva, Iguatemi e Itaúsa após o fechamento. Klabin e BTG divulgam seus números na terça-feira (10) cedo.

No exterior, Wall Street fechou sem sinal único e refletiu, em parte, os dados fortes de emprego divulgados nos EUA na semana passada. 

Ainda pesam, nos índices, a cautela em relação ao avanço da variante delta do coronavírus.

No câmbio, o dólar encerrou esta segunda (9) com alta de 0,19%, a R$ 5,2460, depois de uma sessão bastante volátil. 

A moeda foi favorecida pelo noticiário político intenso no ambiente doméstico e pelo ganho de força da divisa no exterior diante de uma cesta de moedas fortes e emergentes.

Também está no radar dos investidores o simpósio de bancos centrais, previsto para o fim do mês. 

Há a expectativa que o Federal Reserve (banco central dos EUA) anuncie um cronograma para retirada de estímulos.



REUTERS
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