Procon-SP cobra
explicações do Google sobre segurança do Android em caso de furtos ou roubos
O Google Brasil
Internet foi notificado nesta quinta-feira (26) pelo Procon-SP a apresentar
explicações sobre o funcionamento do Android, sistema operacional usado na
maioria dos smartphones.
O órgão de defesa do consumidor quer que a empresa
esclareça se oferece serviço de bloqueio do sistema operacional para celulares
que forem furtados ou roubados e se possui tecnologia para impedir o
funcionamento do sistema.
"Queremos
saber quais mecanismos a Google tem adotado para evitar o funcionamento do
sistema operacional de celulares que tiverem seu IMEI vinculado a algum crime.
Iniciamos uma conversa com representantes do Google sobre esse problema, no
entanto a empresa deixou de comparecer a uma segunda reunião.
Deste modo,
encaminhamos a notificação para obter mais explicações", afirmou Guilherme
Farid, diretor executivo do Procon-SP, em nota.
O Google deverá
esclarecer: se oferece serviço de bloqueio do sistema Android vinculado a um
aparelho celular com IMEI identificado como produto de crime caso seja informada
pela autoridade policial; se continua a oferecer serviço, suporte ou
atualização ao sistema operacional vinculado a aparelhos celulares com IMEI
identificado como produto de crime pela autoridade policial; além de detalhar
as iniciativas que adota para impedir o funcionamento do sistema Android nesses
casos.
O Procon-SP quer
que o Google esclareça se quando o Android é instalado no aparelho, o sistema
operacional identifica e registra o IMEI e se gera vinculação em algum banco de
dados do Google; se quando o consumidor faz o primeiro cadastro no aparelho celular,
seus dados são vinculados ao sistema operacional e ao IMEI; e sobre qual a
política adotada para disponibilizar a atualização do sistema operacional.
"O Procon-SP
está preocupado com os furtos e roubos de celulares em que os criminosos
acessam os dados das vítimas e realizam transações por meio de aplicativos
bancários, como empréstimos, transferências etc.
Os prejuízos são expressivos e
os consumidores têm procurado nosso atendimento.
Além das instituições
financeiras, setor com o qual temos discutido o problema, entendemos ser
fundamental conversar com as empresas que desenvolvem os sistemas operacionais,
principalmente, o sistema Android, que representa hoje mais de 90% dos sistemas
operacionais instalados nos smartphones do Brasil", disse o diretor.
Os esclarecimentos
deverão ser apresentados até esta sexta-feira (27).
FOLHA DE SÃO PAULO