Parlamentares dizem que interrupção de política do salário mínimo afeta Previdência


Medida não deve ser aprovada pelo Congresso, afirmam deputados e senadores

Parlamentares não receberam bem a notícia de que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) propôs nesta segunda-feira (15) que o salário mínimo seja corrigido apenas pela inflação em 2020.

Para eles, a medida, que encerra a política que permitia ganhos reais aos trabalhadores, não deve ser aprovada pelo Congresso e piora o clima para a apreciação da reforma da Previdência.

Titular da CMO (Comissão Mista de Orçamento), o senador Angelo Coronel (PSD-BA), disse acreditar ser “muito difícil” a aprovação desta matéria.

 

“Tudo o que for contra o povo terá influência negativa [na reforma da Previdêcia. Essa indexação do salário mínimo prejudica diretamente o BPC [benefício de prestação continuada] e os integrantes da aposentadoria rural”, afirmou Coronel.

“Se o mínimo reduz seu poder de compra, quem recebe BPC vai ter um menor poder de compra, os aposentados também terão menor poder de compra”, disse.

A política de aumento real do salário mínimo foi implementada no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e transformada em lei por sua sucessora Dilma Rousseff (PT). A regra, entretanto, teve validade encerrada em janeiro deste ano.



FOLHA DE SÃO PAULO
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