Governo Bolsonaro descarta retomar horário de verão
em 2022
Ministério
diz que não há tempo hábil para fazer estudo aprofundado da economia que medida
poderia gerar; presidente aboliu medida em 2019
A adoção do horário de verão em 2022 está descartada pelo Ministério de Minas e Energia.
A avaliação na pasta é que não há tempo hábil para um estudo com a devida
abrangência para calcular a economia que a medida geraria.
Com mais este ano sem adiantar os relógios, o
presidente Jair Bolsonaro (PL) conclui o mandato sem adotar o horário de verão
uma única vez.
O presidente aboliu a medida por meio de um decreto em 2019,
interrompendo uma tradição que vinha desde 1985.
Para justificar a decisão na época, o governo disse
que a economia vinha caindo e foi considerada praticamente nula no verão de
2017 a 2018 em um levantamento realizado pelo ONS (Operador Nacional do
Sistema).
Estudos feitos nos últimos dez anos identificaram que a
economia vinha deixando de ser relevante.
Um dos fatores foi o
aumento no uso do ar-condicionado nas residências e escritórios, que
estabeleceu nova concentração de demanda de energia no meio da tarde.
O novo padrão anula ganhos com o prolongamento do
dia no momento de pico de consumo tradicional, que ocorre no início da noite,
quando as pessoas retornam para casa, ligam as luzes e tomam banho de chuveiro
elétrico.
FOLHA DE SÃO PAULO