A operadora de
saúde Amil está sob pressão de sua controladora, a americana UnitedHealth
Group, para enxugar custos e voltar a ter lucros mais robustos. Para que isso
aconteça, a operadora trava uma queda de braço com os prestadores de serviço,
em especial os hospitais, que representam mais da metade do custo médico do
plano de saúde.
A meta da
UnitedHealth é que essa "inflação médica", hoje na casa dos 18,5%
chegue ao mesmo patamar do IPCA, projetado em 4,1% neste ano - e a Amil precisa
fazer isso até 2025.
A Amil está
propondo que prestadores de serviços como hospitais e clínicas compartilhem os
riscos dos procedimentos médicos, adotando um novo modelo de remuneração. Neste
formato, batizado de orçamento ajustável, a operadora paga um valor fixo pelo
procedimento - uma cirurgia ou uma radiografia, por exemplo. Se ele for bem
sucedido paga-se um adicional após alguns meses. Caso contrário, ou seja, se o
procedimento apresentar alguma intercorrência não previsível por protocolos
médicos, o prestador recebe apenas o preço pré-acordado, cujo valor é calculado
com base na média de preços praticada no ano anterior.
A disputa mais
emblemática é com a Rede D'Or, que teve 15 hospitais descredenciados,
totalmente ou parcialmente, pela Amil.
VALOR ECONÔMICO