MERCADO FINANCEIRO


Baixo astral: Bolsa cai com sombra de nova onda de coronavírus sobre o Brasil

📊 Ibovespa: -1,05% (106.119 pontos)

💵  Dólar: +0,13% (R$ 5,33)

Resumo:

➡️ Queda nos papéis dos bancões puxam Ibovespa para baixo;

➡️ Com maior alta na média móvel de mortes e novas infecções de COVID-19 desde maio, investidores se preocupam com possível nova onda no Brasil;

️ Bolsas de Wall Street cedem ao pessimismo pelo alastramento do coronavírus nos Estados Unidos. 

 O Ibovespa sentiu o baixo astral na pele nesta quarta-feira (18), fechando no vermelho apenas um dia depois depois do pregão com ganhos estrambólicos da terça-feira (17).

O principal índice da bolsa brasileira sofreu com a queda das ações dos grandes bancos – que representam 19% da carteira teórica. 

Isso porque o Banco Central sinalizou que o pico da inadimplência no crédito deve acontecer no primeiro semestre de 2021, quando acabarem medidas como o auxílio emergencial.

Com mais gente devendo para os bancos, a previsão de faturamento no período tende a diminuir, certo? Foi isso que os investidores pensaram. 

Então, antes que o cenário se confirme, eles preferiram vender seus papéis e realizar o lucro, garantindo o que já havia subido.

O resto você já sabe, né? Quando muita gente vende os mesmos ativos, eles perdem valor. 

Foi o que aconteceu principalmente com Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil – que sozinhos preenchem 16,3% da carteira do Ibovespa.

E o que isso tem a ver com o coronavírus?

Tudo. A começar pela própria previsão de inadimplência, que se deve à crise econômica sem precedentes provocada pela doença. 

Como se não bastasse, nos últimos dias, a COVID-19 vem acelerando no Brasil e no mundo. 

Por aqui, a média móvel de mortes teve alta de 45% em comparação à de 14 dias, a maior registrada desde maio, mostrando uma tendência na alta de óbitos. 

A média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 29.674 novos diagnósticos por dia, um crescimento de 71% ante os últimos 14 dias – também a maior alta registrada desde maio.

Isso é motivo de preocupação não apenas para a população, mas também para o mercado. 

Estes dados reforçaram a cautela dos investidores sobre o risco fiscal no Brasil, já que o ministro Paulo Guedes garantiu que, em caso de segunda onda, a prorrogação do auxílio emergencial seria uma "certeza".

Unidas pelo baixo astral

É verdade que, até metade do dia, a Bolsa estava sozinha na onda de bad, já que os índices internacionais repercutiam as boas novas de duas potenciais vacinas contra o coronavírus: da Pfizer e BioNTech e a Coronavac.

A primeira concluiu a fase 3 de testes, reportando eficácia de 95% – mais do que os 90% relatados antes. Já a segunda, afirmou o governador de São Paulo, João Dória, deve embarcar o primeiro lote no Instituto Butantan nesta quinta-feira (19).

Contudo, as boas notícias empolgaram, mas não foram suficientes para sustentar as bolsas de Wall Street no topo, como vimos ontem. 

Dow Jones e S&P 500 caíram 1,16%, enquanto Nasdaq recuou 0,82%. 

O principal gatilho também foi o pessimismo trazido pelo aumento de casos e fechamento das escolas em Nova York, que acabaram ofuscando as boas novas sobre as vacinas.

 



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