A
informação segundo a qual quase dois terços
da remuneração dos executivos de grandes empresas brasileiras de capital
aberto é composta por salário fixo e bônus vinculados a resultados de curto
prazo (semestrais e anuais), de acordo com levantamento feito pela consultoria
SG Comp Partners.
O
dado contrasta com o que ocorre, por exemplo, no mercado norte-americano, em
que cerca de 40% da remuneração é composta por salário e incentivos de curto
prazo e 60% por benefícios recebidos em prazos superiores a um ano.
No Brasil,
a relação é de 65% e 35%, respectivamente.
Dados trabalhistas dos Estados Unidos de 2016
mostraram que a parcela de millenials empregados (cerca de 22%) que tinham
trabalhado para seu empregador por pelo menos cinco anos era semelhante aos da
mesma idade com esse histórico em 2000.
A média de permanência de americanos na
casa dos 20 a 30 e poucos anos de idade se estabilizou em cerca de três anos,
onde estava em 1983.
O
autor do artigo diz lembrar que muitos dos questionamentos feitos pelas novas
gerações já estavam presentes em jovens de décadas atrás.
Seguem,
na íntegra, dois outros trechos do artigo: Quando me pediram para repassar
conhecimentos de décadas para a mais recente leva de trainees do “Financial
Times”, fiquei em dúvida se minhas histórias teriam importância.
Mas muitas das
perguntas feitas por eles foram semelhantes às que eu me lembro de ter feito na
mesma idade e na mesma fase, entre as quais, como planejar suas carreiras e
conseguir mais oportunidades.
“Os
recém-formados sempre foram ambiciosos, exigentes e vão mostrar sua
insatisfação saindo se sentirem que não estão conseguindo o que querem”, diz um
outro executivo.
Mas cerca de 60% dos recém-formados da sua empresa ainda
trabalham lá após o programa de trainee, de dois anos, o que corresponde à mesma
taxa de retenção observada na década de 1990.
VALOR ECONÔMICO