O mercado de créditos em calote, no qual
carteiras de empréstimos que estão em inadimplência são negociadas, vive a
expectativa de voltar a receber títulos da Caixa.
O banco estatal era o maior vendedor, até
2016, de ativos desse tipo a interessados em pagar uma porcentagem do valor de
face para tentar reaver dívidas de pessoas físicas.
Ela foi interrompida por uma ação do TCU
(Tribunal de Contas da União), mas há perspectiva de reverter a decisão.
“A atuação do TCU foi importante para que as
vendas tenham transparência”, diz Guilherme Ferreira, diretor-executivo da
Jive.
“Para o mercado, que ainda está em fase de
amadurecimento, a volta é ótima, porque é preciso ter volumes significativos”,
afirma Flávio Suchek, diretor-executivo da Recovery, do Itaú.
A Caixa é o único grande banco que não tem
uma empresa de recuperação de crédito —por isso, não houve muita negociação de
títulos nos dois últimos anos.
A venda de títulos em inadimplência abrirá
espaço para que a estatal possa emprestar mais, segundo os analistas. Procurado
pela coluna, o banco não deu entrevista.
FOLHA DE SÃO PAULO