Morte pela variante ômicron e juros nos EUA freiam
Bolsa; dólar sobe.
A abertura da sessão na Bolsa de Valores nesta
segunda-feira (13) indicava um dia de alta, mas a notícia da primeira morte
causada pela variante ômicron do coronavírus no Reino Unido e a expectativa de
aumento dos juros nos Estados Unidos tiraram o ímpeto do mercado.
O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de
Valores brasileira, fechou em queda de 0,35%, a 107.383 pontos.
O indicador
chegou a subir 1,6% ao atingir a máxima do dia, de 109.492 pontos.
O dólar subiu 1,06%, a R$ 5,6740. O Banco Central
ainda vendeu US$ 905 milhões (R$ 5,09 bilhões) no mercado à vista, mas isso
apenas tirou um pouco da força da divisa americana frente ao real.
Ainda pela manhã, o primeiro-ministro britânico Boris
Johnson comunicou a primeira morte pela cepa anunciada por um país desde que
ela foi identificada por cientistas na África do Sul.
No mercado americano, a notícia sobre a variante
reforçou uma tendência de venda já esperada às vésperas da reunião de dois dias
do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), que poderá indicar um
aperto monetário mas forte no país.
Pressionado pela maior alta de preços ao consumidor
em quase 40 anos, o Fed tende a sinalizar na próxima quarta-feira (15) uma
elevação dos juros do país e a diminuição mais rápida das compras de ativos no
mercado.
As medidas, iniciadas durante a pandemia para combater os efeitos da
paralisação da economia, prejudicam o controle da inflação.
Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,89%,
0,91% e 1,39%, respectivamente.
O petróleo Brent cedeu 1,05%, a US$ 74,36 (R$
419,02).
FOLHA DE SÃO PAULO