5G


Cobertura total de 5G no Brasil pode levar mais de oito anos.

Operadoras têm obrigação de levar tecnologia a cidades com mais de 30 mil habitantes até 2029.

A chegada do 5G a todas as localidades do país pode demorar mais de oito anos. 

O cronograma do edital, cujo leilão das frequências iniciou nesta quinta-feira (4) em Brasília, obriga as operadoras a conectar 100% das cidades com mais de 30 mil habitantes à tecnologia até 31 de julho de 2029.

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) definiu que as capitais e o Distrito Federal serão as primeiras a receber redes 5G, com limite de 31 de julho de 2022. 

Depois, vêm as cidades com mais de 500 mil habitantes (em 2025), com mais de 200 mil (em 2026) e com mais de 100 mil (em 2027).

Esse é o prazo-limite, mas a tecnologia poderá vingar antes, a depender da concorrência no mercado.

Após o arremate e a assinatura dos contratos, as operadoras que levaram o considerado "filé mignon" do 5G (a faixa de 3,5 GHz), devem constituir a EAF (entidade administradora de faixa), capitálizá-la e compor sua diretoria.

Depois, precisam "limpar a faixa" (muitas pessoas assistem à TV pública pela parabólica) e criar os projetos de engenharia para construir a rede privativa do governo e implementar conectividade do Norte do país, duas obrigações impostas pelo edital.

A expectativa do governo é arrecadar, no máximo, R$ 9 bilhões com o leilão em todas as faixas de frequência. 

Elas foram avaliadas em R$ 49 bilhões pela Anatel, mas o edital impôs investimentos obrigatórios (cerca de R$ 40 bilhões) para até os próximos 20 anos, que serão descontados do preço das licenças. A diferença entrará no caixa do Tesouro.

Claro, Vivo e Tim vencem leilão das principais faixas do 5G

Frequência de 3,5 GHz é considerada filé mignon da nova tecnologia de redes móveis

As maiores operadoras de telefonia móvel do país, Claro, Vivo e Tim, arremataram as principais faixas do leilão de 5G realizado nesta quinta-feira (4) pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

O certame confirmou a expectativa de que as operadoras de grande porte ficariam com as frequências de 3,5 GHz (gigahertz), o chamado "filé mignon" do 5G com cobertura nacional, faixa que permitirá velocidades até cem vezes mais rápidas que as do 4G.

Essa frequência foi separada em quatro lotes, um deles não recebeu proposta. A expectativa na Anatel é de que 80% das frequências sejam leiloadas, o que levaria a agência a, futuramente, realizar uma nova rodada de leilões com as sobras.

A Claro arrematou o primeiro lote por R$ 338 milhões. 

A oferta da Vivo para a segunda fatia foi de R$ 420 milhões. A Tim, por sua vez, venceu o terceiro lote por R$ 351 milhões.

Na frequência de 700 MHz (megahertz), que permite ampliação das redes de 4G, o primeiro lote marcou a entrada do fundo Patria na telefonia. 

Ele arrematou a frequência de 700 MHz com cobertura nacional, oferecendo lance de R$ 1,4 bilhão, com ágio de 805,8%.



FOLHA DE SÃO PAULO
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