Empresas compraram volume recorde de robôs em 2021.
Companhias
da América do Norte investiram US$ 2 bilhões em 40 mil unidades.
Robôs se juntaram à força de trabalho dos Estados
Unidos no ano passado em um ritmo jamais visto, fazendo trabalhos como retirar
garrafas e latas de esteiras em usinas de reciclagem e colocar produtos em
caixas nas empresas de comércio eletrônico.
E parece que a tendência vai
continuar em 2022.
Empresas em toda a América do Norte investiram mais
de US$ 2 bilhões (R$ 10,5 bilhões) em quase 40 mil robôs em 2021 para lidar com
a demanda recorde e a escassez de mão de obra impactada pela pandemia.
Os robôs passaram a trabalhar em mais indústrias,
indo muito além da sua presença histórica no setor automotivo.
Fábricas encomendaram 39.708 robôs em 2021, 28% a
mais do que em 2020, segundo dados compilados da Association for Advancing
Automation (Associação para Automação Avançada).
O recorde anual anterior de pedidos
de robôs era de 2017, com encomenda de 34.904 robôs, avaliados em R$ 1,9 bilhão
(R$ 10 bilhões).
Em 2016, os robôs vendidos para montadoras
representavam mais do que o dobro em comparação às entregas a todos os outros
setores da indústria.
Em 2020 outras empresas superaram o setor automotivo,
como as de metais e alimentos e bens de consumo.
O comércio eletrônico é outro de rápida expansão.
Na DCL, que tem cinco centros para e-commerce, as linhas que receberam robôs
podem operar com menos pessoas e produzir 200% mais.
Uma parcela crescente de
robôs é uma nova geração de "cobots", projetados para trabalhar ao
lado de humanos nas linhas de montagem.
Fábricas de automóveis também estão encontrando
novos usos. A Stellantis está usando cobots em sua fábrica na Itália para
ajudar a produzir o novo veículo elétrico Fiat 500.
Embora as fábricas de automóveis usem robôs há
décadas para fazer trabalhos como soldar metal, disse ele, é uma novidade
cobots realizarem trabalhos de montagem final.
Na semana passada, o presidente-executivo da Tesla,
Elon Musk, disse
que vai lançar um robô humanoide em 2023. No curto prazo, esses robôs podem
transportar itens em uma fábrica e, eventualmente, resolver a escassez de mão
de obra.
FOLHA DE SÃO PAULO