NEGOCIAÇÃO FINANCEIRA


Consumidor deve ter calma ao aceitar produtos financeiros.

Especialistas afirmam ser necessário atenção aos acordos firmados com instituições financeiras.

Frases complexas, termos financeiros e muito “juridiquês” em papéis rubricados. Ler e entender contratos é sempre um desafio, e os contratos bancários pedem mais tempo, paciência e uma pitada de conhecimento sobre o mercado financeiro.

Segundo especialistas, ao contratar um serviço bancário é preciso lembrar que não se trata apenas de ratificar o depósito de seu dinheiro em uma instituição financeira

Assim, a primeira medida é ser calmo, pois não é preciso assinar um contrato no dia em que ele é recebido.

Para a planejadora financeira Gisele Colombo de Andrade, da Planejar, o entendimento do consumidor sobre o que está sendo contratado é crucial. 

Se não está claro, faça quantas perguntas forem necessárias.

“Primeiro é preciso controlar o impulso. Banco não oferece dinheiro de graça e, antes de cair na tentação pelas vantagens aparentes que o produto tem, é preciso ler e, mais importante ainda, entender”, afirma.

Algumas leis tentam reduzir os riscos que acompanham a assinatura de contratos.

Em 2008, por exemplo, o governo fixou um tamanho mínimo para a letra dos documentos de adesão. 

O objetivo foi extinguir as “letras miúdas” e deixar mais clara a leitura dos termos do acordo.

O CDC (Código de Defesa do Consumidor) também determina nos direitos básicos de quem compra um produto ou serviço, que o vendedor é obrigado a detalhar o que está oferecendo, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos, preço e riscos.

Um levantamento da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) aponta que as reclamações sobre cobranças indevidas ou abusivas correspondem a um terço (46.254) de todas as 139.414 demandas registradas em 2020. Em 2019, houve um total de 168.063.

Problemas com crédito consignado (17.029) e com contratos (15.945) também são destaque entre as reclamações dos clientes de bancos.

Ainda segundo os dados da Senacon, no consolidado de reclamações de bancos, financeiras e administradoras de cartão, houve 320.887 demandas em 2020, um aumento de 69% em relação a 2019 (189.849).



FOLHA DE SÃO PAULO
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