Número foi
impulsionado por unidade menor e popular, diz diretor-executivo da
Abrainc. As cidades que tiveram os maiores aumentos de lançamentos
imobiliários no ano passado são aquelas onde há investidores que adquirem
apartamentos para receber renda de aluguel.
São Paulo e Brasília tiveram alta de 25% e 20%,
respectivamente, do valor geral de novos empreendimentos, segundo a Brasil
Brokers, um grupo de imobiliárias presente em oito estados.
São Paulo teve alta de 25% na compra de
imóveis para investir - Folhapress
A tendência segue neste ano, segundo ele: no primeiro trimestre de 2018,
35% das vendas da entidade que ele comanda foram feitas a pessoas que não
tinham planos para viver no apartamento que adquiriram. O número positivo foi
impulsionado por unidades menores e de perfil popular, diz Luiz Antonio França,
diretor-executivo da Abrainc (associação de incorporadoras). “Praças onde houve
grandes quedas têm estoque alto de edifícios construídos antes da crise. As
melhoras de indicadores são sentidas mais rapidamente onde há mais diversidade
econômica.”
O cenário, no entanto, é pior do que poderia ser, diz Antonio Setin, da
incorporadora que leva seu sobrenome. “Juros impactam o mercado. Quando
caem a um dígito, geralmente há um boom. A demanda não está compatível com a
taxa atual.” A falta de clareza do que vai acontecer nas eleições é um dos
fatores que impactam o setor imobiliário, segundo ele.
FOLHA DE SÃO PAULO