Fapa avalia segregação patrimonial da massa de participantes


A Fundação de Previdência do Instituto Emater (Fapa) intensificou seus estudos sobre a segregação de ativos financeiros, diante do comportamento de sua massa de assistidos, que desde 2012 passaram a contar com uma opção alternativa a renda vitalícia, com a implantação da modalidade de recebimento em forma de percentual do saldo.

De acordo com a entidade, o cenário atual trouxe à diretoria preocupações e reflexões sobre uma eventual necessidade de segregação patrimonial, com politicas de investimentos e cotas distintas para o grupo de participantes ativos e os dois grupos de assistidos, tendo em vista seus diferentes objetivos.

“O cenário fica ainda mais complexo, quando consideradas as situações bastante peculiares da entidade e do plano por ela administrado. O fato de o plano estar em extinção e entrando em descapitalização, trazem a tona preocupações adicionais em relação à estrutura operacional para gestão de patrimônios segregados e os custos de gestão,” explica a presidente Cláudia Janesko, em comunicado.

Segundo a presidente, dos 125 participantes da Fapa que aderiram ao Programa de Desligamento (PDV) realizado em 2016 pela Emater, 95% escolheram o pagamento de benefícios em forma de percentual sobre o saldo. Confirmando essa tendência, no PDV realizado em março deste ano, 95% dos 235 participantes que converteram seus benefícios em renda, também fizeram a mesma escolha.

“Discutimos junto Comitês de Benefícios e de Investimentos a necessidade de um estudo específico sobre o tema considerando os aspetos atuariais, de investimentos e jurídicos. O Conselho Deliberativo determinou então, que abríssemos um processo de cotação, posteriormente submetido à apreciação do CD, que deliberou pela contratação da Prevue Consultoria para realização do estudo”, afirmou Cláudia.

Em uma análise prévia, prossegue a dirigente, o estudo apontou pontos positivos na segregação, como o casamento dos ativos e passivos para os compromissos de longo prazo e rentabilidade adequada para os participantes; déficit e superávit futuros apurados de forma proporcional ao risco corrido e com maior previsibilidade; evita transferência de riqueza entre as massas de participantes e comunicação mais transparente.

Já os apontamentos negativos foram a perda de escala; o rebalanceamento das carteiras para pagamento dos benefícios; o potencial aumento do custo de gestão das carteiras, e eventuais questionamentos dos participantes. A Diretoria e os Comitês da Fapa aguardam novos esclarecimentos e análises quantitativas e qualitativas da consultoria para encaminhar suas considerações ao Conselho Deliberativo.



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