Fundos de pensão defendem a Lula maior
flexibilidade em regra para investimentos
Tema foi discutido
em reunião no Palácio do Planalto nesta quarta (21)
Dirigentes dos
maiores fundos de pensão do país defenderam ao
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
mudanças regulatórias para dar maior flexibilidade aos investimentos dessas
instituições.
O tema foi
discutido em reunião nesta quarta-feira (21) no Palácio do Planalto.
Além de
Lula, participaram os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e
representantes da Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e do Postalis (Correios).
Segundo
participantes da reunião ouvidos pela Folha, os fundos de pensão
pediram maior agilidade do Executivo na implementação das alterações, que têm
sido discutidas com o Ministério da Previdência Social e a Previc
(Superintendência de Previdência Complementar) e estão sob análise do Ministério da Fazenda.
As instituições
consideram a mudança importante para viabilizar a diversificação dos
investimentos quando os títulos públicos se tornarem menos rentáveis —o que
ocorreria num futuro cenário de juros mais baixos.
Os efeitos práticos não
seriam imediatos, mas um dos participantes diz ser necessário "preparar
para o futuro".
Um dos pleitos é a
possibilidade de incluir na regulação a possibilidade de os fundos investirem
em debêntures de infraestrutura emitidas com incentivo
fiscal ao emissor.
Elas permitem o pagamento de um prêmio maior aos
investidores, mas não são citadas no rol de ativos nos quais os fundos podem
alocar seus recursos, o que gera insegurança jurídica.
Ao permitir a
compra desses papéis pelos fundos de pensão, há uma expectativa de que isso
ajude a ampliar as fontes de financiamento para projetos privados do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
No
entanto, esse efeito não seria imediato, nem foi um tema debatido na reunião,
segundo as pessoas presentes.
FOLHA DE SÃO PAULO