PREVIDÊNCIA SOCIAL


Nova reforma da Previdência pode ficar para a próxima década, diz ex-presidente do INSS 

Se compararmos apenas as despesas com pagamento administrativo de benefícios (sem considerar as despesas judiciais e compensações a estados e municípios) de janeiro a julho de 2024 com o mesmo período de 2023, verifica-se um incremento de gastos de R$ 45,7 bilhões, com aumento real de 4,7%. 

É o que diz Leonardo Rolim, ex-presidente do INSS.

Esse aumento, observa Rolim,  é muito acima do limite de gasto do arcabouço (2,5% ao ano) e trata-se da maior despesa primária da União. 

Isso pode comprometer a nova regra fiscal ou representar a necessidade de forte compressão das demais despesas da União. 

Por isso, o tema tem chamado a atenção da equipe econômica do governo e dos principais economistas do mercado.​​

Para ele, no entanto, grande parte do aumento dos gastos se deve a dois fatores: a alta desproporcional (ele fornece números mostrando um crescimento nunca antes visto) da concessão de benefícios por incapacidade temporária, o auxílio-doença, e a baixa efetividade das medidas de controle de fraudes. 

E essas não seriam causas, a seu ver, que deveriam levar a um início imediato das discussões acerca de uma nova reforma da Previdência, algo que pode ser deixa para a próxima década. 



FOLHA DE SÃO PAULO
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