Em expansão, microplanos de saúde empresariais têm reajuste de até 69%


Esses contratos, mais caros, são vistos como opção à falta de planos individuais 

Segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), 3 em cada 10 desses planos tiveram reajustes acima de 20% de maio de 2017 a abril de 2018. Uma das operadoras, a Unimed Norte Nordeste, chegou a aplicar um aumento de 68,5%.

Os índices contrastam com o limite autorizado pela ANS para planos de saúde individuais e familiares, que, no ano passado, foi de 13,55%.

A diferença está na forma de cálculo. Planos coletivos não têm o preço regulado pela ANS. O valor é definido pelas operadoras em negociação com as empresas contratantes levando-se em conta fatores como a frequência da utilização dos serviços.

Como pessoas jurídicas de menor porte têm menos poder de barganha, a ANS, em 2012, decidiu obrigar as operadoras a agrupar contratos com até 30 pessoas em um só conjunto chamado "pool de risco" e calcular um reajuste único para eles.

A medida inicialmente surtiu efeito. De 2013 a 2014, segundo material de divulgação do governo federal, a proporção de "microplanos" com aumentos entre 20% e 50% caiu de 14,1% para 5,3%. Os dados mais recentes mostram, porém, que essa fatia cresceu para 30,1% no período 2017/2018.



FOLHA DE SÃO PAULO
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