Esses contratos,
mais caros, são vistos como opção à falta de planos individuais
Segundo dados da
ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), 3 em cada 10 desses planos tiveram
reajustes acima de 20% de maio de 2017 a abril de 2018. Uma das operadoras, a
Unimed Norte Nordeste, chegou a aplicar um aumento de 68,5%.
Os índices
contrastam com o limite autorizado pela ANS para planos de saúde individuais e
familiares, que, no ano passado, foi de 13,55%.
A diferença está
na forma de cálculo. Planos coletivos não têm o preço regulado pela ANS. O valor
é definido pelas operadoras em negociação com as empresas contratantes
levando-se em conta fatores como a frequência da utilização dos serviços.
Como pessoas
jurídicas de menor porte têm menos poder de barganha, a
ANS, em 2012, decidiu obrigar as operadoras a agrupar contratos com até 30
pessoas em um só conjunto chamado "pool de risco" e calcular um
reajuste único para eles.
A medida
inicialmente surtiu efeito. De 2013 a 2014, segundo material de divulgação do
governo federal, a proporção de "microplanos" com aumentos entre 20%
e 50% caiu de 14,1% para 5,3%. Os dados mais recentes mostram, porém, que essa
fatia cresceu para 30,1% no período 2017/2018.
FOLHA DE SÃO PAULO