ESTAGFLAÇÃO


Com inflação, baixo crescimento e desemprego, Brasil vive estagflação.

Evolução do PIB em 2021 só vai repor perdas do ano passado.

Estagflação é a situação por que passa um país quando há inflação alta e persistente, taxa de crescimento do produto baixa e elevado desemprego. 

Esse é o retrato atual do Brasil: inflação de dois dígitos, quase 15 milhões de desempregados que significam 12,6% de taxa de desemprego, e uma taxa de crescimento pífia do PIB este ano (4,6%) conforme está previsto pelo Boletim Focus do Banco Central.

Este crescimento apenas repõe a perda de 3,9% de 2020, tal que o PIB per capita volta a cair.

Os resultados das Contas Nacionais Trimestrais divulgados pelo IBGE referentes ao terceiro trimestre do ano são muito ruins.

Em primeiro lugar, o PIB do terceiro trimestre caiu 0,1% frente ao segundo trimestre, e este reduziu-se 0,4% frente ao primeiro trimestre, caracterizando a estigmatizada marca de dois trimestres negativos consecutivos, pelo qual alguns definem recessão técnica.

 De fato, a economia continua em recessão, conforme o Codace (Comitê de Datação do Ciclo Econômico) definiu no primeiro trimestre de 2020.

Em segundo lugar, o PIB desses três trimestres deste ano praticamente se iguala aos dos iguais 3 trimestres de 2019. Das 12 atividades produtivas medidas pelo IBGE, 3 (serviços de informação, instituições financeiras e serviços imobiliários) não foram impactas pela pandemia e até cresceram. 

Outras (extrativa mineral, transformação, construção, transportes, outros serviços e administração pública) não se recuperaram do tombo da pandemia ou têm valores inferiores aos de 2019.

Continuamos em recessão e agora juntou-se a inflação e o desemprego, caracterizando a estagflação.



FOLHA DE SÃO PAULO
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