Dólar sofre pressão com risco fiscal e fecha em R$
5,19.
Ibovespa
sofre oscilação e termina pregão com alta de 0,86%.
Nesta terça-feira (3), as tensões políticas e o aumento do risco fiscal provocaram instabilidade
no mercado financeiro doméstico, afetando especialmente o câmbio.
O dólar
encerrou o dia com alta de 0,52% sobre o real, a R$ 5,1920.
A moeda americana chegou a encostar em R$ 5,2750
(+2,12%), mas alta desacelerou ao longo do dia, com as expectativas de aumento
na taxa de juros na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do
Banco Central, que ocorre nesta quarta (4).
Quanto maior é a aversão ao risco, mais os
investidores tendem a buscar ativos considerados de proteção —como dólar e
ouro.
Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) afirmou que o governo pode sugerir até dobrar o valor médio pago a beneficiários do Bolsa
Família.
Além disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes,
também disse que o governo não tem capacidade para o pagamento de todos os
precatórios programados para 2022 e, por isso, está propondo o parcelamento dos
valores.
“Devo, não nego; pagarei assim que puder”,
afirmou.
No exterior, os mercados também tiveram um dia volátil,
refletindo preocupação com o avanço do número de casos da variante delta do
coronavírus e seus efeitos negativos sobre a recuperação econômica global.
Os índices americanos Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq encerraram
com altas de 0,80%, 0,82% e 0,55%, respectivamente.
O Euro Stoxx 50, um dos
principais índices da Europa, terminou praticamente estável com ganhos de
0,03%.
FOLHA DE SÃO PAULO