O
calor intenso que atinge principalmente a região central do país já provoca
impactos pontuais na inflação.
Se o fenômeno continuar nos próximos meses, na chegada do verão, a alta de
preços pode ser ainda maior, dizem os economistas.
Os impactos do calorão nos preços:
- Do ar-condicionado: é o que sofre o
maior impacto de curto prazo. Em outubro, os preços haviam subido 6,09%, segundo o IPCA,
a maior alta desde 2020. A carestia também deve chegar aos ventiladores, que já somem das prateleiras.
- Dos alimentos: a permanência das altas temperaturas e o impacto
do fenômeno climático El Niño, que altera o
padrão de chuvas, afetam a produção de itens mais sensíveis ao clima, como
verduras, legumes e frutas.
- Da energia: esses dias de calor já levaram ao acionamento de
térmicas, que são mais caras. Se o país continuar com alto consumo, o impacto
pode chegar às tarifas de luz.
O consumo de energia elétrica no Brasil bateu recordes em dois dias consecutivos, na segunda (13) e na terça (14). Nesta quarta, o
feriado deu um alívio.
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico)
garante que o sistema de energia nacional é "robusto, seguro, possui uma
ampla diversidade de fontes e está preparado para atender às demandas de carga
e potência da sociedade brasileira".
O que explica a onda de calor: a soma de um bloqueio de pressão atmosférica, do El Niño e das mudanças climáticas –que aumentam a
frequência de eventos extremos, dizem especialistas.
FUNDAÇÃO LIBERTAS