MERCADO IMOBILIÁRIO


Juros baixos e capacidade de compra aumentam demanda por financiamentos imobiliário.

 O cenário de taxa básica de juros na mínima histórica de 2% ao ano tem impulsionado a demanda por financiamentos imobiliários, afirmam especialistas.

Segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), os financiamentos imobiliários com recursos da poupança atingiram R$ 12,9 bilhões em setembro, recorde da série histórica iniciada em julho de 1994. 

O recorde anterior era de agosto, quando atingiu R$ 11,7 bilhões —ou seja, o setor vive um momento de recorde sobre recorde.

Segundo o diretor executivo de negócios imobiliários do Santander, Sandro Gamba, há uma demanda reprimida no mercado que foi estimulada pelo ambiente de juros mais baixos.

“A cada 1% de redução dos juros no crédito imobiliário, o cliente tem um incremento de 8% a 10% de comprovação de renda. Isso também estimula a tomada de decisão em momentos como esse”, afirmou.

O crescimento é generalizado, afirmaram os especialistas. Para o professor da Saint Paul Escola de Negócios Maurício Godoi, o consumidor precisa preparar o orçamento de acordo com a linha de financiamento imobiliário que escolher.

Linhas atreladas ao IPCA, o indicador oficial de inflação, ou à poupança, apesar de estarem atrativas atualmente, podem acabar encarecendo o financiamento.

Normalmente, essas linhas possuem taxa fixa somada à inflação ou à poupança, valores que podem oscilar conforme conforme a conjuntura econômica.

Nesta sexta-feira (27), a curva de juros para dez anos estava em 8,32%. 

Já o último relatório Focus, do Banco Central, apontou que as projeções da inflação para este e para o próximo ano subiram para 3,25% e 3,22%, respectivamente –eram de 3,20% e 3,17%, nesta ordem, na semana anterior.



FOLHA DE SÃO PAULO
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