A expectativa de quem
participou da CPI dos fundos de pensão é que novas multas em acordos de colaboração
ajudem as fundações a reverter os rombos dos últimos anos. O envio de parte das
multas, como aconteceu no caso da J&F, traria alívio aos participantes dos
planos. Com o déficit, eles foram obrigados a colocar mais dinheiro. O caso
mais dramático é o do Postalis; para cobrir o rombo da fundação, os
funcionários, aposentados e pensionistas dos Correios estão sofrendo desconto
de quase 18% nos vencimentos.
O acordo de leniência da
controladora da JBS é o modelo a ser seguido nos novos casos. Da multa de R$
10,3 bi, Funcef e Petros receberão R$ 2 bi cada.
As delações têm acelerado esse processo. A investigação feita pela CPI
nos fundos de pensão, diz uma fonte, vai sendo confirmada pelos colaboradores.
O relatório final apontou 14 casos de investimentos irregulares. Um deles foi o
aporte na Eldorado, empresa de celulose do grupo JBS investigada na
"Operação Greenfield". Os próximos alvos do MPF seriam empresas que
receberam recursos da Petros e, exatamente, da Postalis. O fundo de pensão dos
Correios foi aquele que sofreu perdas ao investir em títulos da Venezuela e da
Argentina
G1