Planos de saúde que viraram alvo do governo lideram
lucros em 2024.
Empresas do setor
tiveram ganhos de R$ 8,7 bi até 3º tri de 2024, melhor resultado desde Covid-19
As operadoras de
planos de saúde e as administradoras de benefícios registraram um lucro líquido
de R$ 8,7 bilhões no Brasil até o terceiro trimestre de 2024, o que representa
o melhor resultado do ramo desde a pandemia de Covid-19.
Os dados são
observados em um ano marcado pelo aumento do número de reclamações de
consumidores do setor.
As companhias que lideram os ganhos são alvo de processo administrativo aberto pelo governo para
analisar cancelamentos unilaterais de contrato e práticas abusivas.
Os resultados das
companhias, apresentados nesta terça-feira (10) pela ANS (Agência Nacional de
Saúde Suplementar), mostram que o lucro até setembro é 180% superior ao observado no mesmo
período do ano anterior.
Além disso, é o maior desde 2020 (quando o
resultado alcançou R$ 15,9 bilhões).
Entre empresas, o
melhor desempenho foi da Sul América Companhia de Seguro Saúde –que obteve um
resultado líquido de R$ 1,3 bilhão no acumulado do ano.
Em seguida, ficaram
Bradesco Saúde (R$ 895 milhões), Notre Dame Intermédica Saúde (R$ 606 milhões),
Amil Assistência Médica Internacional (R$ 535 milhões) e Hapvida Assistência
Médica (R$ 473 milhões).
As cinco estão na
lista de companhias notificadas pela Senacon (Secretaria Nacional do
Consumidor), vinculada ao Ministério da Justiça, após processo administrativo
aberto no mês passado contra 14 operadoras de planos de saúde por cancelamentos unilaterais de contratos e outras práticas.
A Abramge (Associação Brasileira de Planos de
Saúde) afirma que "tem compromisso em contribuir de forma construtiva para
o debate no setor".
A entidade disso que vai analisar os dados
apresentados nesta terça pela ANS e, somente após avaliação técnica
aprofundada, se pronunciará.
FOLHA DE SÃO PAULO