Pesquisas
recentes mostram que empregados e empregadores apoiam esse arranjo.
E estudos
sugerem que trabalhar alguns dias por semana em cada local pode ser a solução
para cancelar os efeitos negativos de cada um e colher os benefícios de ambos.
“Não podemos pensar em tempo integral e tempo nenhum”, disse Nicholas
Bloom, professor de Economia da Universidade de Stanford, cuja pesquisa
identificou vínculos causais entre o trabalho remoto e o desempenho dos
funcionários.
“Acredito firmemente que, no pós-covid, teremos meio período de
escritório.”.
Na Pesquisa
sobre Incerteza Empresarial – realizada pelo Atlanta Fed, Stanford e
Universidade de Chicago –, os empregadores previram que, após a
pandemia, 27% de seus funcionários de tempo integral continuariam
trabalhando em casa, pelo menos por alguns dias por semana.
Outras pesquisas de
empresas mostraram que elas esperam que pelo menos 40% dos funcionários
continuem trabalhando remotamente.
Em
todas as organizações, o trabalho foi mais eficaz quando os funcionários
ficaram em casa 1 ou 2 dias por semana, segundo pesquisa da Humu, uma
empresa de tecnologia administrada pelo ex-chefe de recursos humanos do
Google.
“Isso cria uma mudança, na qual o tempo de escritório fica para o
trabalho colaborativo, para o trabalho inovador, para realizar essas reuniões.
E o tempo de casa é para trabalho focado”, afirmou Stefanie Tignor,
diretora de dados e análises da Hamu.
O que se imagina é que os
modelos old office (aquele escritório tradicional, com baias e salas, com os profissionais
separados e pouca capacidade de sinergia), open office (uma evolução desse
modelo, com os profissionais mais próximos e colaborativos, uma tendência antes
da pandemia) e home office (trabalho em casa) vão conviver dentro dos novos
ambientes de trabalho.
O ESTADO DE SÃO PAULO