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Procuradoria da República do Distrito Federal pediu que o ex-deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) que está preso em Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato,
seja incluído nas investigações da Operação Greenfield, que investiga um
esquema de desvios e corrupção nos maiores fundos de pensão do Brasil. Segundo
o procurador da República Anselmo Lopes, os crimes que Cunha teria cometido na
Caixa Econômica federal possuem conexão com os investigados pela Operação
Greenfield.
"É
indispensável para o total esclarecimento da teia criminosa que os fatos
denunciados no processo [sobre a Caixa] sejam reunidos com os demais processos
da operação Greenfield", justificou Lopes ao juiz Vallisney de Souza
Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal. Cunha, juntamente com o
ex-ministro Henrique Alves, o corretor de valores Lúcio Funaro e outras pessoas
viraram réus nesta quarta-feira (26) sob a suspeita de participarem de um
esquema de cobrança e recebimento de propina de empresas que buscavam
empréstimos com recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FI-FGTS) . Eles foram acusados pelos crimes de corrupção,
lavagem de dinheiro, prevaricação e violação de sigilo funcional.
A Operação Greenfield investiga diversa operações
envolvendo o Funcef (Fundo de pensão dos Funcionários da Caixa Econômica
Federal), Petros ( da Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis
(Correios)."A análise conjunta dos fatos denunciados nos autos e no bojo
da Greenfield denotam em grande número de casos, a similitude de favorecimentos
do Fi-FGTS com os fundos de pensão ou seja a coincidência de investimentos
comuns que apontam para um processo decisório político que escapa a formalidade
da documentação oficial que serviu para decisões de investimentos investigadas",
justificou o procurador.
Brasil 247