MERCADO DE TRABALHO 1


Construção lidera geração de vagas, mas tem salários piores.

Em um ano, número de trabalhadores do setor aumentou 19,6%, mas renda caiu 14,8%, diz IBGE.

Em um ano, a construção engatou retomada no mercado de trabalho, com aumento de 19,6% na população ocupada no país. 

A renda média dos trabalhadores do setor, contudo, caiu 14,8% no mesmo intervalo, mostram dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

Na visão de analistas, os indicadores com resultados opostos refletem, principalmente, a volta ao mercado de profissionais informais.

De um lado, o retorno desses trabalhadores, que sofreram mais na fase inicial da pandemia, acaba aumentando a população ocupada. 

O efeito colateral é o recuo no rendimento médio, já que os salários deles tendem a ser inferiores.

No segundo trimestre de 2020, período em que a Covid-19 causou uma série de restrições à economia, o número de trabalhadores ocupados na construção foi de 5,3 milhões.

Com a alta de 19,6%, o grupo chegou a 6,4 milhões no segundo trimestre de 2021. 

Ou seja, em um ano, houve acréscimo de cerca de 1 milhão de pessoas, embora o contingente ainda siga em nível inferior ao do pré-crise.

A alta de 19,6%, em termos relativos, é a maior entre as dez atividades contempladas pela Pnad. A pesquisa é feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No sentido contrário, o rendimento médio habitual dos trabalhadores ocupados na construção caiu, em termos reais, de R$ 2.087 para R$ 1.778 entre o segundo trimestre de 2020 e igual intervalo deste ano.

A marca de R$ 1.778 é a menor da série histórica, com dados desde 2012. A retração de 14,8% é a maior entre as dez atividades pesquisadas pelo IBGE.



FOLHA DE SÃO PAULO
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